grenha

eu...

05 março 2009

sierra nevada 2009

pois é... de volta à neve...
desta vez resolvemos voltar à sierra nevada... só que o tempo não tem colaborado muito...
é ver as fotos...

a diferença é que com as novas tecnologias um gajo consegue colocar estas notícias online na hora... não é necessário chegar a casa...
além disso vai-se passando o tempo...

01 agosto 2008

limpeza étnica

artigo de opinião do Mário Crespo

O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres estidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.

"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos autodesalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias.

Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado.

Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade estes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul.

É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo.

É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos".

Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade.

O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos."

A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala.

Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste, qparque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

13 abril 2008

recebi mais esta por mail, e parece-me bem interessante...

durante um debate numa universidade dos eua, o actual ministro da educação brasileiro cristovam buarque foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). ..

um jovem americano fez a pergunta, dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.

esta foi a resposta de cristovam buarque:

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental, que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também a de tudo o mais, que tem importância para a humanidade.

Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade, quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas (multinacionais americanas), sentem-se no direito de aumentar ou diminuir, a extracção de petróleo e subir ou não seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada, pela vontade de um dono ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave, quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias, dos especuladores globais. Não podemos deixar, que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros, na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns Presidentes de Países tiveram dificuldades em comparecer, por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior, do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA, têm defendido a ideia de internacionalizar, as reservas florestais do mundo, em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo, tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças, tratando-as todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro.

Ainda mais do que merece a Amazónia.

Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo, como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.

Mas enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa.

Só nossa!

30 março 2008

depois de tanto tempo... o capitalismo...

depois de mais de um ano, cá estou eu de novo... desta vez com um mail que recebi sobre o capitalismo... está muito bom... :)

capitalismo ideal
você tem duas vacas...
vende uma e compra um boi...
eles multiplicam-se, e a economia cresce...
você vende a manada e aposenta-se. fica rico!

capitalismo americano
você tem duas vacas...
vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas...
fica surpreso quando ela morre...

capitalismo japonês
você tem duas vacas...
redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e
produzam 20 vezes mais leite...
depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo
inteiro...

capitalismo britânico
você tem duas vacas...
as duas são loucas!

capitalismo holandês
você tem duas vacas...
elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e tudo bem...

capitalismo alemão
você tem duas vacas...
elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário
previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa...
mas o que você queria mesmo era criar porcos...

capitalismo russo
você tem duas vacas.
conta-as e vê que tem cinco.
conta de novo e vê que tem 42.
conta de novo e vê que tem 12 vacas.
você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.

capitalismo suiço
você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua...
você cobra para guardar as vacas dos outros...

capitalismo espanhol
você tem muito orgulho de ter duas vacas...

capitalismo brasileiro
você tem duas vacas...
e reclama porque o rebanho não cresce...

capitalismo hindu
você tem duas vacas...
ai de quem tocar nelas...

capilatismo português
você tem duas vacas...
foram compradas através do Fundo Social Europeu...
o governo cria o ivva - imposto de valor vacuum acrescentado...
você vende uma vaca para pagar o imposto...
um fiscal vem e multa-o, porque embora você tenha pago correctamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais.
o ministério das finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas...
para se livrar do sarilho, você dá a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho...

28 novembro 2006

jorge costa...

nem sequer costumo gostar das crónicas deste tipo... no entanto tenho que reconhecer que é preciso tê-los no sítio para, em público, assumir frontalmente uma alteração de opinião... algo infelizmente muito pouco abundante...

fernando guerra in "a bola", 28 de novembro de 2006

"confesso que nunca simpatizei muito com o estilo de jorge costa enquanto jogador. não sei porquê. sempre revelou aptidões técnicas acima da média, uma mentalidade soberba, um espírito de conquista notável e um sentido profissional de fazer corar de vergonha não sei quantas imitações de vedeta que por aí cirandam.
era eu quem estava errado, porque jorge costa é muito mais do que aquele praticante de elite que nunca aprendi a apreciar. li, no domingo, a reportagem do meu companheiro antónio casanova sobre a homenagem que o charlton promoveu ao antigo capitão portista. arrepiei-me. jorge costa tem mesmo de ser grande. e só agora o compreendi."

é preciso lembrar que o jorge costa só jogou 6 meses no charlton... ele há tipos que nem ao fim de 6 anos... não esqueço no entanto as duas saídas que protagonizou do meu fcp, sempre em conflito com o treinador... muito em particular desta última... devia ter aguentado e este ano estava ao lado do baía, que passando por situação semelhante não bateu com a porta... mas ninguém é perfeito...

independentemente de tudo isso, não esqueço o grande capitão... o único homem em portugal, e um dos poucos no mundo inteiro, que levantaram no mesmo clube as taças uefa e da liga dos campeões europeus...

ao lado de homens como vitor baía e joão pinto, foste, és e serás sempre o nosso capitão...

carlos xistra... será???

bom...
recebi esta por e-mail... não sei se é verdadeira... mas que é de morrer a rir, lá isso é...

extracto do relatório do árbitro Carlos Xistra relativo à apresentação
do cartão amarelo ao jogador micolli do benfica

"o jogador da equipa visitada, micolli, desmandou-se em velocidade
tentando desobstruir-se no intuito de desfeitear o guarda-redes visitante.
um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio
à utilização indevida dos membros superiores, o que conseguiu. o jogador
micolli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à
prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o
desagarrava. quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se,
destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior
direito à zona do externo, felizmente desacertando-lhe. derivado a esta
atitude, demonstrei-lhe a cartolina correspectiva"

31 outubro 2006

futebolês...

na semana em que passa o primeiro terço do campeonato, após defrontar os três principais adversários, dois deles fora de casa, o meu fcp é já lider isolado do campeonato com dois pontinhos de vantagem... poucos mas, espero, suficientes para não mais largar a liderança até final...

acresce ainda que benfica, braga e sporting vão ter que se defrontar nesta primeira volta, pelo que vão necessariamente perder pontos entre si...

com a polémica instalada já desde antes do início do jogo do passado sábado, não resisto a citar o jorge maia n'o jogo de hoje:

"na mesma semana em que foram tornadas públicas – e não desmentidas - mais algumas gravações de chamadas realizadas por josé veiga para pinto de sousa a pedir determinados favores de um determinado árbitro para os jogos do estoril, o agora responsável pelo futebol do benfica festejou o segundo golo dos encarnados no dragão dirigindo gestos obscenos para a bancada. ficamos a saber de quem fala luís filipe vieira quando diz que há dirigentes que estão a mais no futebol. já agora, quando for embora, faça como naquele anúncio: vá pelos seus dedos."

e mai'nada

25 outubro 2006

...tenho dito

jorge maia in "o jogo", 25 Outubro 2006

"já lá vão quatro clássicos entre o fc porto e osporting desde que paulo bento sucedeu a josé peseiro à frente da equipa de alvalade e o sporting ainda não ganhou nenhum. empatou dois e perdeu outros dois, mas pelo discurso do técnico merecia ter ganho todos. ainda por cima, chove sempre que saímos de casa sem guarda-chuva. o mundo é terrívelmente injusto."